quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Filipinas


Sempre tive a ideia de que as Filipinas eram um dos países de top, no que diz respeito a praias paradisíacas, ilhas tropicais, pessoas simpáticas, mar tranquilo, transparente e azul… não vim mais cedo pela distância em relação ao sudoeste asiático e pelo preço dos voos…mas quando as Filipinas são um dos poucos países que me falta visitar para “estes lados”… porque não?

 7107 Ilhas distantes do resto da Ásia, uma cultura distinta e o único asiático maioritariamente cristão tornam as Filipinas num país diferente dos seus vizinhos. A ocupação espanhola desde a era dos Descobrimentos deixaram esta herança religiosa e pouco mais do que isso. Terão sido os americanos que, na ocupação prévia à Segunda Guerra Mundial, deixaram melhor marca a este povo, apostando em infra-estruturas, como estradas e apostando na educação, tendo inclusive trazido centenas de professores dos USA para o fazerem.

Este povo passou muito no passado…o massacre de Manila em 1948 feito pelos japoneses é um dos marcos mais terríveis na história deste povo. Morreram 150000 civis e a cidade, outrora uma pérola da Asia, tornou-se nos escombros irreversíveis de uma cidade destruída. Manila é hoje palco de actos de terrorismo, de raptos e de criminalidade. Por tudo isso não quis visitar a cidade. Apesar das pessoas me acharem aventureira, há riscos que não quero correr e mesmo as minhas aventuras têm uma dose de risco muito controlado. Faço sempre imensa pesquisa sobre a segurança dos locais que visito e adopto medidas preventivas. Mas ainda em relação a este povo, apesar desta carga pesada de atrocidades, eles têm uma filosofia de vida que lhes é própria; eles chamam de “Bahala na” e significa “o que tiver que ser será”, são de certa forma permissivos com o seu destino e passivos ao que a vida lhes oferece. Esta expressão simboliza o facto de que na vida tudo acaba por passar com o tempo e entretanto a vida é para ser vivida!

Praias filipinas paradisiacas

Simple people

Crianças a brincarem livremente depois das aulas

Há quem atribua ás Filipinas uma negativa fama de insegurança, mas sinceramente, eu acho que existem zonas de risco que estão bem assinaladas e nos restantes sítios, como Palawan, Bohol, Cebu, Boracay, entre muitos outros, o povo está distante dessas “guerras” e neles vejo sorrisos sinceros, humildade, educação, alegria e bondade para com os seus visitantes.
De pés postos no Aeroporto de Manila, quase mal os tirei para fora do recinto. Como disse anteriormente, Manila é uma cidade que não tenho interesse em visitar e dessa forma, sabendo que o voo de Kuala Lumpur chegaria ás 21h30, comprei o voo mais próximo para a Ilha de Palawan, neste caso ás 5h30 com a Zest Air. Implicou a transferência para o terminal de voos domésticos e uma espera de algumas horas. A facilidade do “free wi-fi” no aeroporto foi uma mais-valia para a passagem do tempo…

Escolhi para a minha passagem pelas Filipinas, desta vez, Palawan, Cebu (Malapascua?) e Bohol.
Fugi a Boracay por considerar que é demasiado turístico e os voos são também muito caros e optei por Palawan por informações que me foram dadas por outros viajantes de que se tratava de um paraíso ainda intacto, mas com franca expansão turística. Palawan está também entre os 12 destinos recomendados para 2013 pela Lonely Planet. Bohol atrai pela Fundação de Protecção ao Tarsier, um pequeno e simpático mamífero, que existe exclusivamente nesta Ilha e que está em vias de extinção e, claro, as “Chocolat Hills”. Malapascua é um paraíso para mergulho, mas é tão longínquo que ainda não decidi se lá vou.

Chegadas ao Aeroporto de Palawan apanhamos um veiculo-taxi motorizado, muito engraçado, que nos levou ás duas, bem como ás nossas pesadas mochilas a San Jose Bus Terminal, o ponto de partida, por terra, para todos os pontos da Ilha. Aqui entramos numa mini-van e por 12€ fizemos 5 horas de estrada (entre as quais 4h foram em estrada asfaltada, mas com muitas curvas). Depois de uma noite não dormida e ainda a sofrer de Jetleg, podem imaginar o sacrifício que foi. Mas El Nido era uma forte aposta para os próximos dias, bem como o Arquipélago onde se insere – Bacuit Archipelago. E não desiludiu! Aqui ficaremos enquanto nos apetecer e iremos explorar de barco nos próximos dias as ilhas e ilhotas, as lagoas e as montanhas em redor, na Baía de Bacuit, considerado o melhor ex-líbris de Palawan.
Bacuit Archipelago

Deslumbrada no Arquipélago Bacuit :)


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